Para começar, vamos entender o significado de timidez. Ela vem do latim “timidus” que significa aquele que tem medo. Situações que envolvem interação social e exposição pessoal são consideradas extremamente desafiadoras para quem é tímido e desencadeiam expectativas angustiantes – como será o primeiro dia de aula? Será que terei que me apresentar, me expor? Como será a reunião? Terei que dar minha opinião? Como me aproximar e interagir com alguém na festa? O que pensará sobre mim? E por aí vai…. Aliás, pensar e se avaliar sobre a ótica dos outros é outro desafio, ou seja, o que os outros vão pensar, o que os outros vão dizer. Timidez e a comunicação assertiva

Assim, sensações e emoções como constrangimento, medo, nervosismo e insegurança afetam a pessoa tímida quando se vê diante da possibilidade de ter que se comunicar. E isso compromete não só a interação e os relacionamentos, como também a compreensão do processo comunicacional. Por exemplo, a falta de contato visual é um dos sinais mais evidentes da timidez. Porém, quando uma pessoa entra em contato com outra ou mesmo com um grupo de pessoas e não observa as reações dos interlocutores e ouvintes, os resultados desse tipo de comunicação interpessoal podem ser comprometidos.

Essa falta de conexão visual causa um certo desconforto para quem está falando e ao mesmo tempo impede que o tímido, ao falar, observe com clareza as mudanças e reações do interlocutor durante o processo da comunicação entre ambos. Sabemos que para uma conversa ser mais eficaz em relação à compreensão das mensagens, é importante estudar e observar quem nos ouve (audiência) e analisar o que pode confundi-la ou impressiona-la. Timidez e a comunicação assertiva

A timidez tem uma causa?

A timidez está relacionada a alguns fatores: podemos dizer que os principais são os fatores genéticos, influências ambientais e as experiências de vida. Esse último pode levar a pessoa a adquirir alguns comportamentos que caracterizam a timidez ou ainda a reforçar uma pré-disposição. Por exemplo, se os pais repreendem ou corrigem as falas de uma criança com certa frequência, ou são superprotetores, pode leva-la a começar evitar situações de exposição que causem desconforto ou repreensão. Igualmente, ela vai querer evitar situações que desencadeiem a preocupação excessiva quanto aos julgamentos de outros em relação a ela, seus comportamentos e formas de se expressar.

Como vencer esse obstáculo da timidez

Geralmente a pessoa tímida se pergunta como ter e ser mais confiante ao se comunicar. Mas antes, quero ressaltar que as pessoas tímidas têm características que são muito válidas para uma boa comunicação. Um exemplo é o da escuta. Elas costumam ser boas ouvintes, muitas vezes, diferente dos extrovertidos. Isso porque, como preferem ouvir a ter que falar, desenvolvem naturalmente essa habilidade e se tornam mais sensíveis e atenciosas com as pessoas, sendo consideradas como “bons amigos”.

Porém, a comunicação assertiva exige mais! E essa habilidade, mesmo sendo importante, nem sempre é suficiente para levar um profissional a se destacar em sua área de atuação ou ainda, impedi-lo de ser prejudicado por não conseguir defender sua ideia quando necessário. Pelo contrário. Com essa postura, ele pode passar uma imagem de omissão, despreparo ou negligencia. A pessoa tímida sente que as consequências por ter esse perfil costumam lhe trazer prejuízos, principalmente no mercado de trabalho onde as interações sociais são extremamente necessárias, salvo em raras ocasiões. Por toda essa realidade, não podemos negar que a timidez pode limitar e sabotar objetivos profissionais e pessoais de quem se deixa dominar por ela. Timidez e a comunicação assertiva

Então, como é possível mudar o comportamento tímido perante as situações que exijam a interação social, tendo uma postura comunicacional mais assertiva e conectada? Vamos lá! Primeiro, vale lembrar que a mudança, na prática, não acontece da noite para o dia, e nem sempre é um processo fácil. O importante é que a pessoa não queira continuar a ser refém da timidez. Que ela tenha consciência dos desafios que enfrenta, estando disposta a vence-los, mudando sua postura, compreendendo seus medos e dando um passo de cada vez para se sentir mais confortável quando precisar e desejar se comunicar.

A seguir, compartilho algumas técnicas que são eficazes se colocadas em prática com consciência, coragem e constância.

Se permita quebrar o ciclo: pessoas tímidas evitam se expor. E isso alimenta e reforça cada vez mais a timidez. É necessário se permitir vivenciar situações em que possa interagir, por mais simples que sejam. Mas é o primeiro passo. Somente se socializando é que os medos começarão a ser vencidos e o processo será mais natural e confortável.

Não tenha medo do julgamento: julgar e ser julgado é uma realidade que todos nós podemos vivenciar, mesmo que não seja um comportamento adequado. Querer controlar e evitar isso pode significar não viver, já que o julgamento acontece de qualquer forma. Ninguém agrada a todos o tempo todo. Porém, muitas vezes, por medo de sermos julgados pelos outros, nós mesmos já nos julgamos. Com isso, nos sabotamos, nos anulamos, nos tornamos omissos, e até egoístas de certa forma, porque não nos permitimos compartilhar nossos conhecimentos, ideias e sugestões que poderiam beneficiar a outros.

Vença os sabotadores: às vezes parece mais fácil ficar quieto do que compartilhar uma opinião, ideia ou um conhecimento. Alguns diálogos internos como – “talvez ninguém queira ouvir o que tenho a dizer”. “Talvez a festa esteja chata e me sinta isolado.” – são alguns dos sabotadores que alimentam a timidez. Mesmo sendo compreensível que isso aconteça, se permita vivenciar, experimentar e arriscar. Faça um esforço para vencer a desmotivação e se deixe vivenciar novas experiências.

Pense no que você gosta: um esporte, uma área de conhecimento, um tipo de hobby ou um ponto forte. Identifique aquilo que você conhece, gosta ou pratica bem. Pode ser uma oportunidade para se relacionar com outras pessoas que tenham os mesmos interesses, gostos ou conhecimento. Que tal entrar para uma comunidade, grupo ou um curso e se permitir trocar informações e interagir com outras pessoas com os mesmos interesses?

Não somos o centro do universo: salvo as celebridades, nós, meros mortais (rsrs) não somos alvo de atenção o tempo todo. Que bom! Podemos ser imperfeitos. Aliás, ninguém é perfeito, nem as celebridades. As pessoas mais interessantes são aquelas que cometem erros, que mostram suas fraquezas, porque são humanas como nós. Portanto, relaxe, fique leve e se permita arriscar e sentir o prazer das emoções ao se relacionar e vivenciar experiências com outras pessoas. Você pode ser tímido, mas descobrir que outros enfrentam desafios diferentes , e assim é a vida. Siga em frente!

Agora, se apesar de seus melhores esforços, você queira uma ajuda nesse processo, considere uma mentoria de comunicação. Minha mentoria é alicerçada em pilares “5 A” que te levarão a uma comunicação mais assertiva. A recompensa valerá a pena para seus relacionamentos e seus objetivos de vida pessoal e profissional. Você compreende a causa dos seus desafios comunicacionais, e aprende a controlar e expressar seus sentimentos, ideias e necessidades com mais facilidade e autenticidade. Será um prazer te ajudar nessa jornada! Timidez e a comunicação assertiva

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Abraços

Rosana Zan – Instituto Comunica
Cursos e Mentoria em Comunicação & Carreira

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