A gente cresce ouvindo que errar é humano, mas na prática, quantas vezes você já se sentiu paralisado por um fracasso? Quantas vezes olhou para um erro como se fosse o fim do caminho, e não apenas um tropeço que pode ensinar muito? É comum associarmos o fracasso à vergonha, à derrota ou à incapacidade. Mas e se a gente começasse a enxergar o fracasso por outro ângulo? E se, ao invés de vê-lo como um muro intransponível, a gente passasse a vê-lo como um degrau que nos leva mais perto do nosso objetivo? Fracassos são degraus, não muros
Eu sei que falando assim parece simples, mas lógico, nem sempre é. Aliás, o fracasso pode ser sinônimo de vários prejuízos – financeiro, de tempo, de parcerias. Por isso muitas vezes ele tem um gosto amargo. Entretanto, é justamente nesse ponto que mora a virada de chave: o fracasso não é o oposto do sucesso, ele faz parte do caminho até lá. Pode até parecer clichê, mas é a mais pura verdade. Quando entendemos isso, o peso do erro diminui. A gente para de se julgar tanto e começa a aprender com o que deu errado.
Recalcular a rota
Pensa comigo: quantas pessoas que você admira já fracassaram antes de chegar onde estão? Steve Jobs foi demitido da própria empresa. J.K. Rowling recebeu dezenas de “nãos” antes de alguém publicar Harry Potter. Ayrton Senna venceu muitos obstáculos antes de subir no pódio. E por que essas pessoas seguiram em frente? Porque elas entenderam que cada fracasso não era um muro, mas um passo a mais na escada. Doeu? Provavelmente. Mas elas seguiram.
Agora, traz isso pra sua vida. Você já tentou algo que não deu certo? Uma entrevista de emprego? Um relacionamento? Um projeto pessoal que não saiu do papel? E como você reagiu? Se afastou? Desistiu? Ou tentou de novo com mais maturidade, mais aprendizado e mais força? Fracassos são degraus, não muros
Assim como nesses exemplos acima, é importante lembrar que o fracasso só vira muro quando você para de tentar. Ele só se torna um bloqueio quando você olha pra ele como um fim definitivo, e não como parte do processo. Claro, às vezes dá vontade de largar tudo, de se esconder, de fingir que nem tentou. Mas até isso faz parte. O segredo está em não estacionar nesse sentimento. De modo que, fracassos são degraus, não muros.
O fracasso pode esconder falhas de planejamento
Outro ponto importante: fracassar não define quem você é. Errar em algo não faz de você um erro. São coisas bem diferentes. Você é uma pessoa em construção, em evolução. E essa caminhada é feita de acertos e falhas. Quando você começa a se tratar com mais gentileza, a jornada se torna mais leve.
Por exemplo: imagine uma pessoa que sonha em empreender. Ela abre uma loja, mas em menos de um ano precisa fechar as portas. Dívidas, falta de planejamento, economia instável… tudo isso contribuiu para o fim do negócio. Ela pode se afundar na frustração e nunca mais tentar. Ou pode sentar, analisar onde errou, estudar mais, reorganizar as ideias e tentar de novo. Quem escolhe a segunda opção transforma o fracasso em aprendizado — e o aprendizado em combustível.
Por isso, da próxima vez que você sentir que fracassou, respira fundo. Pergunte a si mesmo: o que isso veio me ensinar? Às vezes, o que você chama de fracasso é só uma curva inesperada que te obriga a mudar de direção. E talvez essa nova direção te leve para um lugar ainda melhor do que o que você imaginava.
Fracassos, na verdade, são testes de resistência. Eles medem o quanto você acredita em si mesmo, mesmo quando tudo parece desabar. Eles desafiam sua persistência, sua criatividade e sua resiliência. E, acima de tudo, eles te preparam. Porque quando o sucesso chega — e ele chega — você estará muito mais preparado para lidar com ele.
Portanto, não desista. Tropeçar faz parte. Errar também. O importante é não parar. Cada degrau, mesmo aquele que parece desmoronar sob seus pés, te fortalece. E, aos poucos, você vai percebendo que a escada pode ser longa, mas o que te espera no topo vale cada esforço. Inclusive
E aí, qual degrau você está subindo hoje?
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Abraços
Rosana Zan – Instituto Comunica
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